Apresentação

A implementação dos Cursos Profissionais do Ensino Secundário nas Escolas Públicas, o seu impacto crescente na procura formativa, muito além da oferta, a necessidade das Escolas Secundárias encontrarem respostas concretas para problemas novos para os quais não estavam inicialmente preparadas, levou a que, para além das propostas metodológicas que foram sendo desenvolvidas, novas lideranças intermédias tivessem surgido. O objetivo desta proposta é ir ao encontro de necessidades de formação para os diretores de curso dos cursos profissionais, de modo a que consigamos responder às questões colocadas e que o diretor de curso consiga ser o aglutinador de vontades e de competências reconhecidas, de modo a que o seu Curso seja valorizado, o trabalho dos alunos se torne profícuo e a relação com o mundo empresarial, académico e institucional seja bem sucedida.

Destinatários

Professores do 3º Ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundário

Releva

Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores do 3º Ciclo do Ensino Básico e do Ensino Secundário. Para efeitos de aplicação do artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação não releva para efeitos de progressão em carreira.

Objetivos

Reflexão crítica e formativa sobre o papel do Diretor de Curso Profissional, sobre as suas competências e funções, procurando transformar as dificuldades e obstáculos deste cargo de liderança intermédia, num desafio aliciante, capaz de motivar o Diretor de Curso e, depois, colegas, alunos e a comunidade escolar em torno do Ensino Profissional, valorizando-o, valorizando alunos, desafiando a Escola a ver os seus Cursos Profissionais, não como “ensino” menor, mas como algo inovador e capaz de conferir competências profissionais e sociais ao serviço da Comunidade alargada.

Conteúdos

Abordagem teórica 1. O Diretor de Curso e as lideranças intermédias 2. O Diretor de Curso e a explicitação da coordenação do trabalho pedagógico 3. As competências e funções do Diretor de Curso Trabalhos de reflexão em grupo/pares/individuais • Como lideramos? • Como valorizamos? • Como organizamos? • Como concretizamos? Trabalho Autónomo – Construção de Materiais • Breve análise do modelo sistémico de organização das estruturas coordenadas pelo Diretor de Curso e/ou Coordenador na escola onde o formando leciona. • Atendendo às dimensões enquadradoras da multiplicidade de funções, contextos e dos atores que lidam com o EP, proposta de organização calendarizada enquadrando os diversos papéis e acções desempenhados pelos intervenientes. Partilha de experiências e materiais. Apresentação em plenário dos trabalhos realizados.

Metodologias

Presencial: A ação desenvolver-se-á com sessões práticas, em sala, construção de propostas e aplicação das mesmas, em testagem, em contexto de trabalho. Segue-se a aplicação e reflexão crítica sobre as mesmas. O trabalho em sala decorrerá com leitura e análise de documentos, análise colaborativa de situações concretas, análise e discussão de recursos vídeo, produção de propostas e análise crítica das mesmas. Após a testagem em contexto, serão devolvidas à sala de formação as análises sobre as mesmas, visando a reflexão e reformulação das mesmas. Todas as sessões acontecem com suporte científico, análise de textos de suporte, reflexão e discussão de propostas. A clarificação de conceitos-chave, que são estruturantes da transformação do paradigma educativo que se pretende implementar, será feita com apresentação dos mesmos e trabalho colaborativo, em pequenos grupos, seguida da discussão em plenário. Trabalho Autónomo: Atendendo às dimensões enquadradoras da multiplicidade de funções, contextos e dos atores que lidam com o EP, proposta de organização calendarizada enquadrando os diversos papéis e acções desempenhados pelos intervenientes. Testagem, em ambiente real de contexto de trabalho, dos roteiros didáticos construídos nas sessões em sala; Criação de ambientes de aprendizagem colaborativa e intradisciplinar; Construção de um portefólio individual de formando será um instrumento dinâmico e promotor da transformação de práticas; Trabalho prático em colaboração com o mundo do trabalho; Reflexão crítica sobre os documentos apresentados.

Avaliação

Critérios de avaliação: Participação na ação (contributos, assiduidade, pontualidade); Competências desenvolvidas (observação de práticas, portefólio de exercícios, plano de trabalho individual); Aplicação de competências ao contexto (plano de intervenção, avaliação de práticas e materiais de apoio). Classificação de cada formando por níveis de de acordo com o determinado no ECD e pelo CCPFC. A avaliação da componente não presencial (Trabalho Autónomo), será feita através de um relatório.

Bibliografia

ALARCÃO, I. (2009). Formação e supervisão de professores: uma nova abrangência. Conferência apresentada na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Lisboa, em 3 de Maio de 2007 [Versão eletrónica]. Sísifo. Revista de Ciências da Educação, n 3, pp. 119-128.ANQ - IESE. (2009). Avaliação Externa do Impacto da Expansão dos Cursos Profissionais no Sistema Nacional de Qualificações. 2009.SILVA, José Manuel (2010a). Líderes e lideranças em escolas portuguesas. Protagonistas, práticas e impactos. Coleção Desenvolvimento Profissional de Professores. Vila Nova de Gaia, fundação Manuel Leão.SILVA, José Manuel (2010b). Direcção, liderança e autonomia das escolas, comunicação no VI Simpósio sobre Organização e Gestão Escolar, A emergência do director da escola: questões politicas e organizacionaisTRINDADE, N. B. (2004). Práticas de formação no ensino profissional. Estudo de caso sobre opiniões e percepções dos formandos. Dissertação de Mestrado apresentada na Universidade da Beira Interior.

Observações

Vagas - 20

Formador

Maria de Lurdes Pina da Silva Cristóvão

Cronograma